quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ao canteiro

O canteiro é o meu lugar na horta.
Hoje descobri um pessoal que faz isso em sampa: http://www.canteirosurbanos.org/
O coletivo Bijari tem um trabalho de intervenção urbana bem legal também: http://www.bijari.com.br/


s.m. Porção de terra, ordinariamente retangular, para flores ou hortaliças, ou para viveiro de plantas.
Artífice que lavra pedra de cantaria.
Canteiro de obras, construção de tamanho variável, que se faz nos lugares onde vão ser realizadas obras, para guarda do material e das plantas a serem executadas.





quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Do relacional ao amor

Esquema Reverberações 2010 - SP

Eu sei que hoje não é dia primeiro, ms é o primeiro di de algo que deveria ter começado junto ao calendário Juliano. Mas é dia quatro, e como na imagem de um quadrado, solidifico este dia como o primeiro.

A proposta é manter um relato diário sobre questões que abarcam meu projeto de mestrado, uma decisão que compõe minha trajetória artística em proposta acadêmica.

O foco da pesquisa é em arte relacional, já que nossas pesquisas devem derivar daquilo que possibilita nosso orientador. Referencial, eis a palavra chave para tanta angústia (mas eu não tenho isso), que passa a ser desejo (isso eu tenho) e por isso, assume a forma de real.

Não é fácil traduzir isso. Vi o aperto pelo qual passou uma mestranda do programa em sua banca, quando uma professora (banca) convidada lhe pergunta: "Descreva o que é real na passagem da página 86 em sua dissertação". Como responder isso de forma didática ? Como saber explicar isso se quem ouve talvez não saiba entender ? Não foi pra isso que inventaram a tal da mediação ?

A solução mágica é sempre partir dos anos 60, onde tudo acontece pra quem quer falar de arte contemporânea. Saber o campo expandido de Rosalind Kraus é fundamental. Saber articular as filosofias de Foucault, Derrida, Deleuze, Gattari, Ranciére, entre olhares de Suely Rolnik, Reinaldo Laddaga, tudo isso bem recheado de Nicolas Bourriaud. Mas para chegar no Real de fato, é preciso ainda saber articular os esquemas de Lacan para entendimento do real, imaginário e simbólico, em um desdobramento de Freud com seu inconsciente, egos e alter-egos. Faltou alguém? Sim ! Marx X Capitalismo tardio de Jamenson...Como explicar o mundo e as práticas sociais sem entender o grande cenário econômico, que modific nosso olhar sobre o consumo e o próprio consumo como consequência. Entender a formação ds cidades, inclui um pouco de antropologia sem pegar pesado, embora pareça que cada área do conhecimento queira partilhar consigo o entendimento de arte como gênese. No fim disso tudo surge a arte relacional, que não é solução, mas é consequencia, de onde derivam discretos sussuros sobre a pertinência da arte em forma estética, ou da estética relacional, como diria Bourriaud. E os artistas ....? Já conhece Lygia Clark e Oitica ? Que tal dar uma passeada por Orozco, Tiravanija, coletivos Bijari, Superflex,...!

Falar do referente é distanciar-se do referencial. Diluição da imagem e formação de atitude. Prerrogativas sentimentais, como o afeto e amor como possibilidade metodológica. Quão difícil já é compreender a vida, quem dirá a arte. Seriam quase a mesma coisa ? Ou duas coisas que lado a lado tornam-se suficentes para nos encantar a vida ? Vida e arte é amor.