sexta-feira, 31 de outubro de 2008

André Venzon no MASC

Salão Victor Meirelles, MASC, Florianópolis, Santa Catarina e ele, André Venzon !

André Venzon, artista plástico, presidente da Chico Lisboa veio montar a obra Trans Torreão, selecionada para o Salão Victor Meirelles de 2008. Estivemos juntos por algumas horas enquanto eu observava a montagem da obra (feita por ele e mesmo). A impressão que ficou é de que André realmente possui uma excelente capacidade de trânsito, aqui e acolá, em qualquer momento pois para André, há sempre a possibilidade de um lugar. De um ponto a outro, hoje em Florianópolis, amanhã em Porto Alegre e semana que vem no Rio de Janeiro. Arte e qualidade em todos os lugares.

Entrevista para TR Sérgio Motta

Há uma semana atrás, recebi um e-mail de Paloma para ceder uma entrevista ao Blog do Territórios Recombinantes. Muito gentil de sua parte e bem sensível, Paloma me deixa muita á vontade para falar o que penso sobre os itens abordados.

http://tr.premiosergiomotta.org.br/?p=93#more-93

Videasta que explora a linguagem do vídeo a levando para outras confluências (como performance, intervenção urbana, documentário e novos suportes). Como ela mesma diz (e que achei lindo… um retrato poético bem feminino que se relaciona com o mais feminino de todos…): são muitas as Janices que habitam em Janice… Janices que se intercruzam e se multiplicam o tempo todos…

Expondo sua visão delicada e poética sobre vida e arte (sem abrir mão de críticas ferozes, contestadora como todo bom artista), ela gentilmente cedeu uma entrevista aqui para o blog (que, confesso, não consegui editar muito, um texto fluido que prendeu a minha atenção! então segue, na íntegra, para que se prendam, assim como eu):

UM POUCO SOBRE JANICE MARTINS
Vídeo começa pra mim no sistema das artes visuais como um upgrade da TV  (ha, ha, ha, isso mesmo!) e possibilidade de interação entre obra e público, isso em 1998… sou muito flexível, trabalho com dinamismo e não costumo fechar meu trabalho em uma possibilidade só. Fui então, pegando gosto pelas possibilidades do vídeo  e usando como linguagem e ferramenta para minhas outras áreas de atuação (Janice atua intensamente em diversos trabalhos sociais)… A exigência do vídeo sempre foi minha, pois meu foco é com certeza o desenvolvimento da minha carreira artística, e com o vídeo eu me sentia presa a este foco mesmo estando em outros lugares ou trabalhando. As coisas estão sempre mudando, renovando, mas é preciso ter crítica. Sou sim o fruto da criatividade que me abrange, mas não sobrevivo sem as trocas com o mundo, sem a comunicação com o meio e as respostas e estímulos que me propõem. Isso justifica minha inserção no sistema, não hesito em participar de festivais, seleções, exposições, movimentos, universidade, circuito. Meus dois últimos anos foram marcados por uma liberdade de expressão e de atuação no vídeo documentário. Mas note bem, não sou jornalista, não faço reportagens, sou uma artista plástica e entendo o documentário como uma visão poética do olhar sobre a realidade. Entendo que esta poética encontra-se na sutileza de certos momentos que são reais que poderiam ser um fantasia. Cenas do real que podem ser perpetuadas, o vídeo faz isso e a câmera tenta ver o que meu olho pensa em enxergar. Vem daí os trabalhos Fale com Ela, Expresso do Rock, Compositor e a minha participação no projeto Essa Poa é Boa, que recebeu o Prêmio Açorianos 2008. Nesta proposta, como artista do grupo Navegantes, realizo o documentário como obra. Posso ? Sim, eu posso. Documentei toda montagem, a mostra e a desmontagem. O documentário será lançado na abertura da segunda edição do Essa Poa é Boa em 2009.

Oscilo entre a academia e o circuito underground. Componho minha personalidade e minha atuação na articulação dos mundos em que vivo. Atualmente estudo no CEART da UDESC/SC, no curso de Mestrado em Processos Criativos em Artes Visuais e faço uma única disciplina, Artes imersivas: interfaces e implicaçõesestéticas e políticas com a professora Dra.Yara Guasque, que esteve presente no primeiro dia do TR em Florianópolis. Eu vim de Porto Alegre, onde fiz bacharelado em Artes Plásticas pela UFRGS, fui bolsista em diferentes projetos, nunca me desvinculei da Universidade, o que me deu a retórica quanto aos conceitos em arte, mas nunca abri mão de projetar meu trabalho na rua, no pátio da minha casa, de viver a experiência que me invade independente de qualquer redoma institucional em que eu me encontre. Sou sempre artista em todos os lugares.

EXPLORANDO OS DIVERSOS ESPAÇOS
Meu trabalho me leva para exploração do espaço. Espaço ? Sim, eu já atravessei uma década e o espaço para mim foi da galeria para a rua, do real ao virtual. As paredes já foram um lugar e agora, um http é um espaço para mim. O vídeo é minha forma de poder entrar neste complexo tecnológico, que começa e termina pela experiência ou o devir artístico e que circula pelos meios invasivos e expansivos da rede. Coloquei no material que enviei ao TR: ” Pretendo, porém, esboçar novaspossibilidades de uso do vídeo e da projeção como possibilidades de acrescentarnovas tecnologias ao desenvolvimentodo meu trabalho, em meu olhar e no pensar de possibilidades estéticas, junto ao aperfeiçoamento técnico. Que eu possa expandir a imagem para outros suportes e formas de olhar, assim como percepções mais imersivas etecnológicas.”  Então, quero avançar em meu trabalho e dar seguimento a esta trajetória. Na minha equação encontro os fatores: vídeo, corpo, cotidiano. Posso te dizer que o cotidiano é tudo aquilo que fala da sociedade em que vivemos, seja pelo ponto de vista singular á cada um e isto acontece quando foco uma cena de um ser, um indivíduo e mesmo assim, as pessoas se vêem nele. Posso ainda falar dessa sociedade em que vivemos sem panfletear nada, apenas vivendo e dialogando com este meio em que vivo. Quando acoplo a câmera em meu corpo e saio pelas ruas, ou quando filmo meu dia-a-dia em casa, estou abrindo um canal de comunicação e de deleite com o universo que me cerca. Haveria aí algo do Romantismo em que o artista contempla a natureza e o meio em que vive e sente que sua permanência é decidida pelo poder de apontar o belo, naquilo que mais tarde culminará no conceito de estética. Sob um ponto de vista pós modernista, sou fruto de uma mistura entre artistas que pesquisam e desenvolvem a arte pós Duchamp: vídeo + performance + site especific, já que coisas, lugares e espaços são a obra do artista.Para fugir de qualquer classificação, posso te dizer o que escrevi no material sobre um dos meus projetos atuais: “Para dar continuidade a este projeto de pesquisa em vídeo, penso enquanto desenvolvo a proposta para Florianópolis.

PROJETOS EM ANDAMENTO
Tenho desenvolvido o que chamo de vídeo deslocamento, que consiste em captar os lugares por ando percorro na cidade e marcá-lo no mapa.

Estou pesquisando a articulação entre corpo, vídeo e espaço como cotidiano. Este é um trabalho de pesquisa independente. Percorro as ruas de Florianópolis e documento tudo que vejo, os espaços por onde circulo, estendo eles ás pessoas, voltando ao lugar e remetendo-as ao endereço virtual daquele espaço. A imagem nunca acaba, ela sempre retorna. Ela é ela.

Posso te falar ainda de um outro projeto que estou realizando e que convidei o artista Pedro Teixeira, também aluno do mestrado na UDESC. Neste trabalho, farei uma abordagem  em web arte, trabalhando em tempo real. Sobre este trabalho posso te transmitir o que escrevi:”Janice e Pedro reúnem suas pesquisas no campo dos processos criativos e resolvem criar o projeto Tatoonline. A proposta vem da união entre a linguagem do vídeo e da tatuagem e que culminouem uma necessidade de usar a rede como suporte de registro e de diálogo entre estes dois artistas e seus processos. Os artistas vão abrir em rede a transmissão da execução de uma tatuagem, que envolve a exposição e execução do corpo e suas possibilidades de grafismo, associados à possibilidade da transmissão da cena em tempo real. A intenção vai além da documentação do real e do corpo e aborda a discussão e o conceito de permanência em web arte. Assim como a noção de tempo que aborda a performance, em que a mesma vem de um histórico que nos remete também ao happening, a tatuagem é ainda um evento em si, mas seu vestígio é para sempre .A articulação entre o tempo real e o tempo que nos revela a permanência doinstante está presente nesta discussão. A web acaba por abrir esta discussão atodos aqueles que sentirem-se convidados pelas possibilidades de participarem deste momento, de serem os espectadores reais desta interferência de Pedro napele de Janice. A multiplicação deste instante através do registro aberto e simultâneo,a não permanência do momento, movido por uma ação dos corpos que não volta atrásestarão inseridos sob quais paradigmas da web arte ?


PERSPECTIVAS: A ARTE NO SUL DO BRASIL

Acredito que a arte no Sul do país ainda busca a verdadeira identidade e espaços de circuitos de arte  e cultura com QUALIDADE , pois como estar situado tendo e vista uma constante europeização e norte americanização do conceito em arte? Sou da opinião de que o artista nunca se acorrentou a isso. Percebo que estas influências foram necessárias para que os artistas pudessem dialogar com o mundo, sem fechar-se ao domínio cultural, pois a necessidade da arte é sempre maior e independente das amarras políticas em que possam estar inseridas. Existem, mas há sempre a luz  (da arte) no fim do túnel. Os artistas sempre subvertem á ordem, ou por instinto,negação e adequação (ha, ha, ha!). Não importa, o fato é ainda lutamos por um reconhecimento da arte latinoamericana e seu diálogo justo com o resto dos pólos e centros culturais em termos de qualidade e investimento . Acredito que isto acontece, ou desponta para acontecer quando me deparo com iniciativas como a Bienal do Mercosul, Itaú Cultural, o Prêmio Sérgio Motta, FILE, entre outras iniciativas nacionais que captam artistas e novas tendências. Bem na verdade, acho que os artistas caminham em direção uns aos outros, o que acho bom, pois o planeta tem ficado cada vez mais possível com iniciativas de aproximação. Experiência com a da coordenação de montagem na Bienal do Mercosul 2001 e 2003 me deu a possibilidade de entrar em contato com diferentes artistas, curadores, e o panorama da arte latioamericana, o que me aproximou da diversidade e da permanência de valores muito distintos em cada linguagem.


TERRITORIOS RECOMBINANTES

Sobre os Territórios Recombinantes, te digo que esta mobilidade do projeto me atrai. Me remete sempre á afirmação adaptada de que ” o artista vai aonde o povo está”. É muito bom perceber o Prêmio Sérgio Motta e todas suas nuances de deslocamentos e abrangências, como podemos ver nos diferentes projetos do Prêmio. Encontro nas iniciativas do Prêmio Sérgio Motta a possibilidade de ver contemplados os mais diferentes trabalhos de todos artistas contemporâneos a mim, todos latioamericanos. Sinto -me conectada ao mundo ao perceber os ecos de minha obra na de outros artistas e vice e versa, em nosso dia-a-dia e nas dicas que Dani, Duval e Tiago nos deram. Na prática pude perceber que, embora tenha entendido do TR “mudanças de paradigmas na apresentação do projeto”, de ser um “bate papo informal”, desde a forma de montagem do espaço para os TR,  algo me soou contrário a tudo isso, quando vi as possibilidades do encontro poder remeter a uma grande “banca de graduação”, onde todos são avaliados, ouvidos exaustivamente pela “banca”, pois é o risco que podemos correr em iniciativas em que o saber pode ser medido ou mensurado. Em nenhum momento quero estabelecer aqui uma crítica negativa, pois realmente acho que o TR funciona, mas é preciso estar preparado e acho que todos os selecionados estavam.O espaço do TR possibilita que artistas se cruzem, vejam um o trabalho do outro, possam acrescentar novos valores ao seu discurso, especular novas possibilidades e até mesmo fechar incoerências. Não acredito que uma instuição possa dar ao artista aquilo que ele não queira pois a autonomia da ação em arte é com certeza uma natureza, sobretudo natural, animal, indomável. Acredito que é o interesse que move o artista adiante, que o território é instável, modificável, inconstante, evolutivo, situacionista (como a Internacional Situacionista, hi, hi, hi !). Gosto de embarcar nesta nau, percorrer este terrítório e recombinar-me sempre.

Acho que as experiências que tive me deram condições de diálogo em arte, o conhecimento de espaços, estruturas burocráticas, populações e comunidades, artistas, curadores e toda gama que compõem nosso sistema de artes visuais, cultural e social neste aspecto. O vídeo é meu trampolim, de onde vou partir para diferentes saltos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Michelle Terran




Foi numa aula de artes imersivas que decsobri a artista Michelle Teran.

Estou á procura de mais informações e textos sobre o trabalho dela, alguém pode me ajudar ?

Vale a dica dar uma olhada em http://www.ubermatic.org/misha/

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Essa Poa (ainda) é Boa


Hoje pela manhã iniciei uma nova etapa em meu trabalho. Recheada de imagens do cotidiano e com propostas em andamento para Florianópolis, minha inspiração para pensar o projeto Essa Poa é Boa volta a reacender. Pode ser reflexo da continentalidade e da maritimidade, nesta mudança de espaço, que vem da planície ao litoral, em que temperaturas e pensamentos se alteram. Quero falar um pouco do mais do projeto. Tenho aqui, todas as imagens das saídas para a Fábrica (antiga Fábrica das Lojas Renner, Bairro Navegantes). Percebo á cada dia que passa que este trabalho não teria sentido se não fosse o detalhamento da documentação das ações da artista Débora Soster, que acaba sendo o fio condutor desta história. Entre Débora e a Fábrica estão todos os artistas, que também aparecem nesta história. Filmada em todos os dias de saída para a Fábrica, a artista me deixa clara e segura a sensação de trabalho feito (e bem feito). Acredito que estarei em bom caminho se eu seguir os  caminhos que Débora me ensinou e que me inspiram para montagem deste filme. Digo isto no sentido em que sua prática artística pressupõe uma dedicação diária, uma atenção e cuidado, de nunca abandonar a obra, cultivá-la, como quem cuida de uma planta e a rega todos os dias. Assim vejo o projeto Essa Poa é Boa e o rego todos os dias. Trajetórias, deslocamentos, mapas, ruas, a Fábrica, os artistas, as obras, o projeto e o que está por vir.

Falando em estar por vir, Florianópolis recebe na semana que vem o artista André Venzon * artista âncora do Essa Poa é Boa, grupo Navegantes, tendo em vista sua participação no X Salão Victor Meirelles aqui em Santa Catarina. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Essa Poa (ainda) é Boa !

O projeto Essa Poa é Boa não acabou para mim, pois desde o momento em que André Venzon me convidou para participar do grupo Navegantes, documentando o real construído pelo grupo, ainda trabalho nas imagens. Tenho comigo um banco de imagens e de vídeos com muitos momentos pessoais e coletivos dos artistas do grupo Navegantes. Creio que todos artistas foram documentados, em um olhar não linear, dirigido pelo momento. Documentar é estar atento, á postos, receptivo ao outro. Tento achar uma maneira de agrupar as imagens, sob um ponto de vista ou possibilidade de agrupamento, mas não sei ainda como vou concluir , qual roteiro, qual argumento, qual poética, estou deixando que as imagens me invadam e assim eu possa criar um fio condutor para as imagens. Assim como cada artista é um universo, falar do processo de montagem de cada artista ou do grupo, através das imagens documentadas é um desafio saboroso e constante. A proposta é fazer o lançamento do documentário para o ano de 2009. Fragmentos das cenas do filme podem ser vistas no youtube nos links abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=JviTDKhyqLU
http://www.youtube.com/watch?v=F7_DYvPPR34
http://www.youtube.com/watch?v=H73NIR8c758
http://www.youtube.com/watch?v=ggzjEhN9g-4


Compartilhe comigo e acesse o link http://www.essapoaeboa.com.br/ para conhecer o projeto e a estrutura do Essa Poa é Boa.


Territórios Recombinates e eu

Aconteceu! Foi no Audotório do SESC Centro, neste sábado e domingo, dias 3 e 4 de outubro, que estive presente na leitura dos portfólios do Territórios Recombinantes/Floripa/Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia. Foi muito bom encontrar os outros artistas selecionados e conhecer um pouco de seu trabalho. Estar atenta aos comentários de Tiago, Duval e Daniela que contribuíram em cada um dos trabalhos. No primeiro dia tivemos a presença de Yara Guasque, coordenadora do PPGAV do CEART/UDESC, que falou de seu trabalho e da trajetória que construiu em arte e tecnologia.
Participar dos Territórios Recombinantes foi muito bom para eu repensar minhas propostas e pensar novas possibilidades de continuidade dos projetos. Espero que este momento seja uma oportunidade para novos momentos e novas inscrições em outros salões, mostras, exposições e leituras de portfólios.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Vídeo Deslocamento


O projeto Vídeo Deslocamento é uma forma de registro através da captura de imagens pela cidade. O registro passa a ser rastro, pois ele não é apagado. Perpetuo meu registro, aquilo que eu vejo, por onde eu passo. Toda imagem capturada é processada, levada adiante, jamais esqueço-me dela, dou a ela um lugar. Encontrei um lugar para esta imagem, um http://, onde foi morar minha imagem. Estou construindo um mapa, que não é formado por ruas, nem avenidas, pelos rastros que meu deslocamento confirma. O próximo passo será grifar o lugar por onde passo, ali retornarei, publicando o novo endereço daquela imagem, todos poderão acessar, reacessar, ver, estar ali, lá , acolá, antes e depois, o tempo todo.

Vídeo Deslocamento 1
http://www.youtube.com/watch?v=MCU7gxsNmhY

Vídeo Deslocamento 2
http://www.youtube.com/watch?v=MjfwcycaXjY

Vídeo Deslocamento 3
http://www.youtube.com/watch?v=dbz8sXKt-EQ

Vídeo Deslocamento 4
http://www.youtube.com/watch?v=H2Hi6Zu0QEc

Vídeo Deslocamento 5
http://www.youtube.com/watch?v=YuCcUTn5xxM

Vídeo Deslocamento 6
http://www.youtube.com/watch?v=Axgzhw9ws94

Territórios Recombinantes SC Instituto Sérgio Motta

Dos dias 3 à 4 de outubro, acontece no Sesc Florianópolis, o segundo encontro do projeto Territórios Recombinantes 2008. No primeiro dia, haverá apresentação institucional do projeto pela coordenadora de projetos do Instituto Sergio Motta, Camila Duprat e apresentação conceitual pela coordenadora do Territórios Recombinantes, Daniela Castro. A equipe local é composta por Tiago Ramangnani, artista membro do grupo cena 11, juntamente com a professora de novas mídias da UDESC, Yara Guasque. No segundo dia, está previsto a série de debates onde os portfólios selecionados são apresentados e analisados por toda equipe do projeto. Artistas selecionados: Alexandre Ludwig, Bárbara Emanuele de Andrade Neri, Janice Martins, Jessé Antunes Torres, Karina Zen, Pablo Paniagua e Romy Pocztaruk.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

##Sala de Aula Artes Imersivas###...apontamentos...##


As aulas acontecem no laboratório de informática, andar térreo, CEART/UDESC. Somos em 4 alunos + professora. Cada um na sua e todos na aula, um por computador e todos computadores para cada um, ou seria melhor dizer "Um por todos e todos por um ?" Os dias passam lentamente e o mergulho no estudo das artes imersivas torna-se um campo cada vez mais amplo e repleto de possibilidades.Exemplos atuais de referências, contextos, possibilidades estéticas, impedimentos burocráticos, financeiros, tudo é possível, até mesmo o impossível. Até agora as leituras foram: Oliver Grau e Slavoj Zizec. Vamos adiante com Steve Dixon, ... aguardam-nos as apresentações dos grupos. Não consigo, nem quero, estudar em casa, gosto de realizar a leitura em frente ao mar e driblar o vento. Em casa estudo mudando de lugar á cada instante, repetindo a lógica que faz do deslocamento a minha órbita.
Extraio de minha ficha de leitura, a seguinte expressão narrada por Zizec em Bem Vindo ao Deserto do Real:  "Ao contrário do século XIX dos projetos e ideais utópicos ou científicos, dos planos para o futuro, o século XX buscou a coisa em si - realização direta da esperada Nova Ordem. O momento último e definidor do século XX foi a experiência direta do real como oposição social diária 0 o Real em sua violência extrema como o preço a ser pago pelas camadas enganadoras da realidade" pág.19